O 22º Portugal de Lés-a-Lés, a grande aventura mototurística que atravessa o país de ponta a ponta, viveu-se este ano em tons de outono, de 1 a 4 de outubro, numa edição atípica mas igualmente memorável.
O evento ligou Lagos a Chaves, com passagens por Évora e Guarda, tendo sido adiado de junho para este mês devido à luta contra a pandemia da Covid-19. Não obstante as limitações e os cuidados exigidos, a Federação de Motociclismo de Portugal assegurou a máxima segurança e a mesma qualidade na promoção do mototurismo e na divulgação do território.
As restrições e regras impostas não abalaram o espírito nem a mística daquela que é considerada a maior maratona mototurística da Europa, que à 22ª edição contou com a presença de mil motociclistas, entre os quais 10 da Moto Galos Barcelos.
Especial - embora atípico e condicionado por apertadas normas impostas pelas autoridades sanitárias nacionais -, o périplo deste ano fica marcada também pela estreia de muitos locais nunca antes visitados, pelo sempre apaixonante interior de Portugal, por onde a alargada caravana usufruiu do prazer de andar de moto, por 1.111 quilómetros de descoberta.
Para Pedro Sousa, presidente da Moto Galos, voltar a participar no Lés-a-Lés “foi como uma terapia para os motociclistas, uma experiência que ficará certamente na memória de todos” devido ao contexto pandémico que vivemos e às consequências que daí têm surgido.
Apesar das particularidades e das alterações implementadas para o cumprimento da segurança e das regras sanitárias para evitar o contágio da doença – como a ausência de postos de controlo ou oásis rolantes –, a iniciativa “decorreu muito bem e foi possível desfrutar da beleza do nosso país e também confraternizar com os amigos, na medida do que é possível neste momento”, salientou.
Ao longo do percurso, os participantes “iam parando em pequenos grupos, com as devidas cautelas, privavam e gozavam dos locais. Os jantares faziam-se nos restaurantes das cidades de paragem com o voucher fornecido pela organização”.
A par do reconhecido mérito turístico associado ao passeio, de sublinhar também a sua importância em termos económicos, uma vez que os 1400 motociclistas “esgotaram restaurantes, hotéis e bombas de gasolina” nos vários pontos de passagem.
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