Flávio Gonçalves (piloto) e Nuno Ribeiro (co-piloto) participaram há dias, pela primeira vez, nos SSV, na emblemática Baja Portalegre 500, prova rainha do TT nacional e uma das melhores da Europa. Estreia também para Joaquim Rodrigues, nas motos.
A prova - cada vez mais apelativa para os grandes nomes das disciplinas afectas - disputou-se nas categorias Automóvel, Moto, Quad e SSV e foi pontuável para a Taça do Mundo de Ralis Todo-o-Terreno da Federação Internacional do Automóvel e para a Taça do Mundo de Bajas da Federação Internacional de Motociclismo.
A 34ª edição da Baja Portalegre realizou-se de 5 a 7 de novembro, sob condições muitos particulares devido à pandemia da Covid-19, que obrigou o organizador Automóvel Club de Portugal a tomar medidas especiais – como testes e ausência de público –, e ainda pelas difíceis condições climatéricas que impuseram alterações de monta no decorrer da competição.
A dupla da Moto Galos competiu nos SSV aos comandos de um Bombardier, numa “experiência memorável mas repleta de contratempos”, ainda assim com um 53º lugar no final. O desafio até começou bem, com a 23ª posição no prólogo, a 10 segundos do primeiro, apesar da perda de tempo por abrandamento forçado à conta de um veículo capotado no meio do trilho.
Já na primeira etapa, o mau tempo tornou a tarefa muito difícil a Flávio Gonçalves/Nuno Ribeiro, com várias saídas de pista, paragens, problemas mecânicos, muita água e lama (65º). No sábado, devido à chuva intensa que caiu no dia anterior e que causou zonas intransitáveis, a organização implementou mudanças de última hora e encurtou o percurso cronometrado, de 300 para 80 quilómetros, possibilitando a derradeira tirada (58º).
Joaquim Rodrigues em 2º nas motos
Também o barcelense Joaquim Rodrigues participou, pela primeira vez, na clássica alentejana. O piloto da Hero Motosports estreou-se com um excelente 2º lugar, o que significou a “dobradinha” para a equipa indiana.
O colega Sebastian Buhler venceu a prova e a Taça do Mundo FIM de Bajas, consolidando-se como um dos jovens pilotos mais promissores do desporto motorizado. O pódio ficou completo com Bruno Santos, aos comandos de uma Husqvarna.
“Para primeira experiência não era o que estávamos à espera, choveu muito e infelizmente a corrida teve que ser mais curta”, contudo, “o objetivo foi conseguido e a presença foi positiva”, pois permitiu “continuar os testes da nova moto para o Dakar 2021”.
Sobre o desfecho final, o piloto de Vila Boa realçou que “é sempre bom obter bons resultados”, alcançados tanto a nível individual como coletivo.